quinta-feira, fevereiro 28, 2008

REVIRAVOLTA

Alma negra
Meia luz, meia noite
Ritmos alucinógenos
Destino manifesto
Que atravessam o Oceano Atlântico
No vermelho suor derramado
Sob o signo das ancruzilhadas
De encontro macabro
Transcedeu a escuridão White-man
Tomou violentamente
o ácido que sepultaria
A morbidez pálida dos metais

E no horizonte das vibrações
Na roquidão das gargantas chicoteadas
No caminho sem volta
O grito cromado dos Totens
Foi transcrito em fios de ouro
A mensagem dos metais
Ecoada no Oráculo africano
O axioma asfixiante
Em solo da liberdade
A maestria criola
Coagulando o sangue azul
E aquecendo a ignorância dos mortais.