segunda-feira, novembro 29, 2010

Sol da meia-noite

Sinto que vou mergulhar num copo de uisque
Naquelas noites em que o pensamento brilha intenso
apagar a luz do quarto não põe em xeque os olhos abertos
até o silêncio incomoda minha existência estúpida.

Os fantasmas da psique
Vem me cobrar a noite o valor incomensurável
Do caos produzido pelos sinais secretos e becos arquétipos
Como o truque do espelho que dopou Narciso.

Clamo demasiadamente por uma fadiga barbitúrica
Ou uma sáliva narcótica
Que me absolva do castigo de ser humano

E, ainda, me conceda uma brisa suave
Como um oasis no Saara
Ou uma simples noite escura no inverno da escandinávia.