terça-feira, janeiro 22, 2008

Desejo

As lésbias castas
Caçam na mata escura
Em arcadas estupidas
Em cama-sutra
Em gametas lascivos
O luxo, o lixo, o desconexo brio
do pólem fecundo,
segundos, eternos...
Berros
Que saem das entranhas dos vasos férteis
infinitos vermes
Que assustam a irracionalidade
Das coxas,
Das moças,
Das lésbias todas
Que se contorcem no fio
O equilíbrio vigoroso no dorso
O gosto
Da carne crua, desnuda
Tempestade de loucura
Onde gême os ventos da tortura
O beijo da prostituta.

Um comentário:

william paul da costa disse...

O discurso é fluido e vigoroso. possui imagens fortes e inquietantes. Parabens...esse sua veia se tornou e vem se tornando cada vez mais sutil para os sentidos poépticos. Talvez eu pudesse fazer uma crítica em certo sentido mas, é bobagem. O crescimento ele surge coma prática.
Em fim, esse poema é delicioso e ponto. Fiquei surpreso.
william