Não consigo esquecer
Uma mulher que transpira
O éter fecundante das paixões
combustível dos heróis
Lançados ao acaso
Em longas jornadas de intempéries
Rompendo doxas
Na fruides dos pactos axiomáticos
Dos contos de fada.
Não consigo entender
Que tipo de bruxaria
Taumoturgamente a levou para um abismo de insegurança
E fez com que tudo tornou-se vazio e silencioso
No reino dos amores possíveis
Nenhum sapo se transformou
Nenhum beijo despertou
Nenhum dragão morreu na lâmina,
Tudo ficou na antítese da dinâmica
Congelados por um longo tempo
Até que uma nova magia
possa transpor esse abismo
E dar nexos aos sentimentos rompidos.
2 comentários:
É estranho, mas gosto da forma fixa em poesia. Vejo que nas suas poesias há uma carga sentimental que, ao mesmo tempo que quer extravasar, quer, por outro lado, se manter contida.
Acho que a forma fixa, como o soneto, pode dar uma concisão e uma carga dramática maior aos seus textos. Gostei dos textos em geral e, o que escrevi acima não é algo que falo em demérito. É só uma dica de algo que eu senti ao ler seus poemas.
até mais!
legal, é dessa análise que eu estou esperando, vou pesquisar sobre soneto... de qualquer modo, você captou bem as idéias que eu quero passar. Valeu!!!
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