segunda-feira, dezembro 19, 2011

Olho D'água

Eu quero o seu mais profundo brilho
Do olhar cristalizado nas gotas lacrimais
Que revelam o inefável gosto...
...Soluço e agonia, voz fraca e grito roco!
Que na queda do abismo é incolor e sem prisma
Pois não luz da razão para o efeito colorido
Que dá quando a gente se vê de frente...
Sem teto, chão ou parede!
Só o ar movimentando o corpo líquido
Até ser desfazer no infinito astral...
Como um espelho que aprisiona no vício do belo
O frágil Narciso na dádiva do espiral
Que gira e entorpece os sentidos chave
De uma nova substância que nos livre dessa órbita.
Então, estará contido no rubor das vibrantes provocações
Amoral e atemporal do sorriso como o prenúncio do sol
O calor das intenções do porvir!

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