domingo, dezembro 26, 2010

Pedra-padrão

O vento traz os uivos
Que anunciam a fragrância obscura
O som rancoroso domina o ambiente
No salivar estúpido das memórias póstumas.

O beijo da morte
Não eterniza minha alma condenada
Só me arrasta acorrentado na traseira da desilusão
A estática infernal dos infelizes.

Onde os restos repousam
Que não possa nascer nem daninha
Nem um oásis de rosas vermelhas.

Que se coloque uma pedra-padrão
Para os novos sentidos que passarem
Não vejam mais do que uma pedra inútil.

Nenhum comentário: